segunda-feira, 7 de março de 2011

Jeff Beck e Rod Stewart planejam gravar álbum de blues juntos

O guitarrista Jeff Beck quer fazer um último álbum maravilhoso com Rod Stewart antes de o cantor virar presença constante em Las Vegas.
Os roqueiros britânicos, ambos com 66 anos, discutiram recentemente a possibilidade de colaborarem pela primeira vez em mais de 25 anos, com a esperança de que o projeto resultante retome a colaboração onde o trabalho inovador de blues deles parou no final dos anos 1960.
Beck disse à Reuters recentemente que ainda "há alguma quilometragem" que pode ser arrancada de um projeto de reencontro que vai retrabalhar radicalmente músicas antigas de nomes como Muddy Waters e Elmore James.
Mas tudo vai depender de Rod Stewart. "Ele vai ter que ter uma performance nota dez, vocalmente falando", disse Beck, que acredita que Stewart ainda é capaz disso.
Os dois velhos amigos se reencontraram em Los Angeles pouco antes do Natal e deitaram as bases do projeto. Stewart, o cantor que agrada a multidões, retomaria seu título de sucessor de direito de Sam Cooke, e Beck, o notório perfeccionista, forneceria uma base musical poderosa.
Será que Beck pretende sacudir o mundo, ao estilo do Led Zeppelin? "Vamos fazer isso, sim", disse Beck sem hesitar. "O projeto nem sequer verá a luz do dia se não for assim." Na verdade, ele prometeu destruir as fitas se o projeto for abortado.
No fim dos anos 1960, antes de se tornar um ídolo pop global, Rod Stewart teve sua grande chance, cantando canções de blues com o Grupo Jeff Beck, uma formação que teve vida curta, mas que poderia ter deixado o Led Zeppelin na sombra.
Os dois álbuns que fizeram juntos, "Truth" e "Beck-Ola", firmaram "Rod the Mod" como um dos grandes cantores soul da Inglaterra. Mas então o grupo se desfez. Rod Stewart virou um grande astro do rock e raramente voltou a se testar. Jeff Beck continuou a ser um favorito cult. "Ele deveria ter ficado comigo. Eu poderia ter poupado vocês de 'Maggie May'", brincou Beck, falando do primeiro grande sucesso de Stewart, em 1971. Beck e Stewart tocaram juntos novamente em 1985, em um cover R&B de "People Get Ready", de Curtis Mayfield.
A grande dúvida é o próprio Stewart, que se tornou pai pela oitava vez há algumas semanas. Ele e Stevie Nicks, do Fleetwood Mac, vão começar uma turnê norte-americana em 20 de março. Beck também tem um itinerário de turnê bastante cheio.
De acordo com a revista Rolling Stone, Stewart também está negociando para estender sua temporada recente no Caesars Palace de Las Vegas, para abranger temporadas múltiplas nos próximos dois anos. E está pensando em se apresentar no Carnegie Hall, onde cantaria canções dos álbuns de sucesso "American Songbook", nos quais interpretou standards antigos em estilo Frank Sinatra.

Fonte: Reuters

domingo, 6 de março de 2011

"Este é o livro da nossa história", diz Andreas Kisser sobre "Kairos", novo disco do Sepultura

O "momento certo e oportuno" que traduz o significado da palavra grega 'kairos' diz muito a respeito da atual fase do Sepultura. Com um recém-contrato com a veterana gravadora alemã Nuclear Blast, a banda finaliza um novo disco, comemora os mais de 25 anos de trajetória e o fato de, após uma série de mudanças internas e externas, ainda ser um nome relevante para o heavy metal mundial. "Kairos", o álbum, chega às lojas no início do segundo semestre coroando um momento fundamental para a banda de Andreas Kisser, Paulo Jr, Derrick Green e Jean Dolabella.
 

O novo disco do Sepultura, que tinha seu título mantido em sigilo até agora, foi gravado entre os dias 20 de janeiro e 28 de fevereiro nos estúdios da TV Trama, em São Paulo. O processo foi quase todo transmitido ao vivo pela internet. "Foi uma experiência nova deixar todo mundo assistir o que a gente faz dentro do estúdio, que é um lugar sagrado para todas as bandas", contou o guitarrista Andreas Kisser ao UOL Música.
 
Com produção do norte-americano Roy Z, da banda de Rob Halford, o novo álbum fecha uma espécie de trilogia temática iniciada com "Dante XXI" (2006) e seguida por "A-Lex" (2009), mas de forma peculiar. Se o primeiro foi baseado no livro "A Divina Comédia" e o segundo em "Laranja Mecânica", "Kairos" traz como tema a biografia do Sepultura. "Agora a gente fala da nossa experiência, da nossa carreira, os bons e maus momentos. Na verdade é um livro, mas da nossa própria história", adiantou Kisser.
 
Em entrevista por telefone ao UOL Música, Kisser falou um pouco mais sobre "Kairos", a atual fase do Sepultura, a participação dos franceses Tambours du Bronx, as versões que fizeram para músicas de Prodigy e Ministry, e uma possível turnê pelo Brasil no segundo semestre.
 
UOL Música - Qual é o momento 'kairos' do Sepultura que traz no significado desse título?
Andreas Kisser - Kairos significa momento especial, de grande mudança. E a gente sempre tem muitas escolhas a fazer na nossa vida, e são essas escolhas os nossos momentos 'kairos', que são fundamentais naquilo que a gente escolhe para si. E todo o conceito do disco é mais ou menos isso, que reflete toda a história do Sepultura, esses 26 anos, o porquê de estarmos aqui depois de tanta coisa que mudou, dentro e fora da banda. É tudo que veio para influenciar o que estamos escrevendo nas letras, na nossa música, nas sonoridades que a gente já experimentou.

UOL Música - Esse disco é uma espécie de auto-biografia?
Kisser - É meio que isso, as letras são mais pessoais. Nos dois últimos discos usamos livros como base, apesar de permear nosso ponto de vista através dos personagens, da história e do texto. Agora a gente fala da nossa experiência, da nossa carreira, os bons e maus momentos. Tem música para as nossas famílias em "Born Strong", sobre os palcos em "No One Will Stand", falando sobre gravadoras e empresários, viagens. Na verdade é um livro, mas da nossa própria história.
 
UOL Música - Vocês fizeram cover de Prodigy e Ministry neste disco.
Kisser - Isso, do Ministry foi "Just One Fix" e do Prodigy foi "Firestarter". São duas bandas que a gente gosta muito. A gente já fez de tudo, covers de tantas bandas diferentes, e essas são duas que nunca tínhamos gravado nada antes. Fizemos um brainstorm sobre covers e definimos essas duas bandas para fazer nossas versões.
 
UOL Música - E quantas músicas entraram no disco?
Kisser - São 12 músicas no disco, incluindo os dois covers. Essas duas foram feitas para sair como bônus, mas ficaram tão legais que pensamos em colocar no disco mesmo. Ainda vamos definir com a gravadora, mas a probabilidade de entrar no disco é grande. E a gente tem ainda uma outra música inédita que não vai entrar agora e que podemos lançar como bônus, ou um pacote especial, ou guardar para o Japão, que sempre pede material extra.
 
UOL Música - Como é a música com a participação do Tambours du Bronx?
Kisser - Esse é um grupo percussivo francês que tem 20 músicos no palco, tocam em galões gigantescos, tem alguns sons eletrônicos. Conhecemos eles em 2008, durante um festival alternativo na França, e pirei no som dos caras. E agora mandei uma ideia que a gente tinha aqui, que eles poderiam gostar, eles trabalharam na música lá, mandaram de volta e gravamos. Ficou muito legal, é uma música bem diferente do que o Sepultura já fez. Vamos apresentar essa música ao vivo pela primeira vez durante o Rock in Rio, que vamos dividir o palco com eles.
 
UOL Música - Apesar das transmissões da gravação, não é possível captar com fidelidade a essência do álbum. Como está a sonoridade das novas músicas?
Kisser - A intenção era trazer o que a gente faz no palco para dentro do estúdio. É praticamente um disco ao vivo. Mais de 60 ou 70% do que ficou no disco foram as gravações dos primeiros takes. Não repetimos porque queríamos deixar a primeira intenção, sem muita frescura, bem old school. Nao usamos gravadora de rolo, mas a nossa performance foi assim, e funcionou muito bem. Roy Z não trabalha só no estúdio, ele acompanha o Rob Halford nos shows também. É um músico que está no estúdio e no palco, e esse know-how, essa sensibilidade, ajudou muito.
 
UOL Música - Com tantas experimentações que o Sepultura já fez, de berimbau a orquestra e percussão japonesa, dessa vez vocês trouxeram alguma inovação?
Kisser - Temos os tambores do Bronx, que são específicos para uma música, com uma percussão metalizada, característica deles. Mas o espírito é old school mesmo. É guitarra, baixo, batera e vocal, sem frescura, sem teclados, quase nada muito eletrônico, alguns pedais vintage de wah-wah. É mais uma questão de tirar o nosso som do que ficar inventando.
 
UOL Música - "Kairos" vai ficar para o segundo semestre e vai sair apenas em CD?
Kisser - Não tem uma data definida ainda. O disco está em Los Angeles com o Roy, que vai mixar e masterizar por lá, e deve levar mais umas semanas. Deve ficar para o início do segundo semestre, final de junho. E temos intenção de lançar em vinil, fazer um pacote especial. Tem aquela última faixa inédita que não vai entrar no disco e talvez a gente faça um pacote multimídia. Estamos no processo de filmagens para o documentário sobre o Sepultura, que é para o cinema, e que talvez possa entrar alguma coisa dele como bônus também. 
 
UOL Música - Vocês têm uma longa turnê pelos Estados Unidos, Canadá e Europa, mas antes vocês abrem dois shows de Ozzy Osbourne no Brasil. O público vai ouvir músicas novas ao vivo?
Kisser - Sim, tocamos uma música nova esse ano, nos Estados Unidos, e nos shows de abertura do Ozzy talvez a gente toque até mais, mas com certeza haverá material novo.
 
UOL Música - E há previsão de uma turnê brasileira?
Kisser - No dia 8 de abril a gente viaja para o México e depois volta para o Brasil para tocar na Virada Cultural de São Paulo, no dia 16 de abril. Estamos fazendo versões de músicas do Sepultura junto com a Orquestra Experimental do maestro Jamil Maluf e com arranjos do Alexey Kurkdjan. E em setembro tem o Rock In Rio. A ideia é aproveitar o festival para fazer uma turnê nacional apresentando o disco novo, que já vai ter saído. Vamos esperar.
 
Fonte: UOL

Bob Dylan consegue permissão para tocar na China pela 1ª vez

Pequim, 5 mar (EFE).- O cantor de folk-rock americano Bob Dylan conseguiu autorização para se apresentar pela primeira vez na China, após uma fracassada tentativa no ano passado, e tocará seu "Blowin' in the Wind" em Pequim no dia 6 de abril e em Xangai em 8 de abril, informaram os organizadores da turnê em comunicado.
Segundo a Gehua-LiveNation, a empresa sino-americana que organiza os shows de Dylan no país asiático, o Ginásio dos Trabalhadores de Pequim e o Grand Stage de Xangai serão os palcos das apresentações.
Os preços oscilarão entre os 280 iuanes (US$ 42) e os 1.960,411 iuanes (US$ 298) para a ala VIP, número que homenageia a data do primeiro show do músico (11 de abril de 1961).
Dylan, que completará 70 anos em maio, cancelou no ano passado uma viagem à Ásia, que além das duas cidades chinesas mencionadas incluía Coreia do Sul, Japão e Taiwan, por não obter permissão das autoridades chinesas.
Em um primeiro momento, os promotores daquela turnê, a empresa taiuanesa Brokers Brothers, culpou o Ministério da Cultura chinês de proibir o show de Dylan, depois que outras excursões de artistas ocidentais famosos (como Oasis, The Killers, Céline Dion e Linkin Park) foram suspensas no país por problemas com a censura ou desacordos sobre a venda de ingressos.
A primeira banda de pop internacional que se apresentou na China foi a Wham!, em 1985, com um show em Pequim que demandou aos agentes do grupo de George Michael meses de intermináveis negociações.
Em seguida, vieram as turnês de Whitney Houston e Elton John, mas considera-se que o primeiro grande show de rock na China foi o do Deep Purple em Pequim, em 2004.

Fonte: UOL

Video do Roque Moreira em Inhumas - GO

Eric Clapton: doando setenta guitarras a leilão beneficente

Na próxima quarta-feira (9), a casa de leilões Bonhans, de Nova York, colocará a venda cerca de setenta guitarras e uma série de amplificadores de ERIC CLAPTON à venda. O dinheiro arrecadado será destinado ao Crossorads Centre, um centro de desintoxicação em Antígua, fundada pelo músico.
“Estou muito feliz que a Bonhams tenha aceitado realizar o meu terceiro leilão de guitarras”, afirmou Clapton. O valor dos instrumetos deverá girar entre US$ 300 e US$ 30 mil cada. Entre as guitarras, se destaca uma Fender Stratocaster que Eric Clapton utilizou na turnê Cream Reunion Shows. Os músicos JEFF BECK e JOE BONAMASSA também cederam parte de seus instrumentos ao leilão beneficente.


Fonte: Whiplash